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quarta-feira, 28 de setembro de 2011


ORIENTAÇÃO DE PAIS: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS SOB O ENFOQUE DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL.
Nívea Maria Machado de Melo, Ana Cristina Barros da Cunha, Bernard Pimentel Rangé. (Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ)

Palavras-chave: terapia cognitivo-comportamental; orientação de pais, crianças.

As relações familiares têm influência importante sobre o bem estar físico, psicológico, social e econômico das crianças. Estudos epidemiológicos atuais indicam que fatores de risco familiares influem significativamente no desenvolvimento infantil. Não há preparação dos responsáveis para a adoção de práticas educativas adequadas na criação dos filhos. Estes pais acabam por usar a modelação social (tanto com membros da própria família, quanto com o ambiente cultural) e o ensaio e erro durante a experiência de criar os próprios filhos. Neste contexto, os pais experimentam muitas vezes intensos sentimentos de culpa e inadequação. A punição física é amplamente utilizada, por falta de conhecimento de outras técnicas disciplinares aliada à falta de diálogo familiar. A grande procura por atendimento psicológico para problemas de crianças e jovens torna relevantes intervenções visando diminuir o sofrimento destes, além de prevenir e atenuar prejuízos posteriores, pois também é grande a procura de atendimento psicológico  por adultos que claramente iniciaram seus problemas na infância e tiveram manutenção e/ou piora posterior. As intervenções familiares possíveis, sejam preventivas ou terapêuticas, podem ser as mais diversas. Envolvem desde a simples orientação aos pais sobre o manejo da criança, baseadas em propostas psicoeducacionais com uso de biblioterapia, por exemplo, quanto, no caso de famílias com fatores de risco adicionais, terapia presencial através de técnicas como a reestruturação cognitiva, treino de habilidades sociais, manipulação dos estados de humor, habilidades de enfrentamento de estresse, assertividade, manejo da raiva, além de outras estratégias para lidar com as cognições, sentimentos e  comportamentos dos cuidadores e/ou da criança. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pressupôe que a forma como a pessoa interpreta as situações (pensamentos, cognições) irá influenciar o modo como se sente (sentimentos, emoções) e como age no mundo (comportamentos). A TCC caracteriza-se por utilizar um modelo colaborativo, possuir uma duração mais curta, ser objetiva e estruturada, enfocar os problemas atuais, encorajar a autodescoberta e a experimentação, buscar aproveitar habilidades subutilizadas e incorporar novas habilidades no repertório do paciente. O presente trabalho objetiva apresentar algumas estratégias da TCC para orientação de pais, tais como: a) utilização constante de reforço dos comportamentos adequados, b) escuta espelhada para ajudar a criança a lidar com os próprios sentimentos, c) técnicas para melhorar a comunicação entre os membros da família, d) trabalho com assertividade, e) contratos, f) sistema de pontos, g) direitos, deveres e regras para toda a família e outras. A TCC também trabalha com a orientação sobre a utilização de punições brandas quando necessário, em lugar da punição física e gritos, tais quais: time-out (castigo), repreensão, ignorar ativamente, retirada de privilégios e outras. Ao longo do trabalho serão apresentados exemplos de casos clínicos atendidos na Divisão de Psicologia Aplicada Prof.ª Isabel Adrados do Instituto de Psicologia da UFRJ, sob supervisão do prof. Bernard Rangé, envolvendo crianças e suas famílias, onde a orientação de pais foi utilizada e alguns desafios foram encontrados. 



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