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quarta-feira, 28 de setembro de 2011



Orientação de Pais para o atendimento das Necessidades Centrais da Infância e Para formação de uma criança Resiliente.
Priscila Tenenbaum Tyszler (Clínica Particular, Rio de Janeiro, RJ).

Palavras-chave: resiliência, orientação a pais, infância.

Vasta é a bibliografia sobre as necessidades centrais na infância, porém pouco material científico foi produzido no Brasil para a prática clínica. A necessidade de segurança, previsibilidade, amor, carinho, atenção, aceitação, elogio, empatia, limites realistas e  validação de sentimentos e necessidades parece ser de grande importância para a formação de um sujeito emocionalmente saudável. Neste trabalho serão apresentadas instruções para o atendimento destas necessidades, visando a prevenção de transtornos sócio-afetivos. Os primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento pessoal, desde os cuidados básicos ao atendimento das necessidades emocionais. As experiências iniciais de vinculação da criança formam um padrão que pode ser repetido por toda vida. Padrões inadequados dão origem aos chamados esquemas mal adaptativos. Os comportamentos parentais serão relacionados a cada necessidade. Todo pai sonha em criar uma criança perfeita, sem preocupações e com uma vida feliz. Porém, apesar de todo o esforço, é natural a ocorrência de situações adversas durante a vida humana. Portanto, torna-se imprescindível a formação da resiliêcia, que é, de forma sucinta, a capacidade de aprender com situações problemáticas e superá-las. Atendendo às necessidades centrais acima descritas, já estaremos provendo à criança uma base para ser resiliente. Serão abordados mitos existentes sobre a criação dos filhos, como as dualidades: oferecer segurança x super-proteção; rotinas x manias; limites x punição; independência x abandono, aceitação e elogio x falta de disciplina. A previsibilidade é essencial para a segurança e tranqüilidade do bebê e da criança. Através do estabelecimento de rotinas e atitudes coerentes, os pais ensinam a seus filhos conceitos como causa e conseqüência e padrões saudáveis de sono e vigília. Amor, carinho e atenção são atitudes parentais essenciais para a formação do sujeito que se ama e se valoriza. Brincadeiras e demonstrações físicas e verbais de afeto ajudam a criança a construir uma visão positiva de si e dos outros. A aceitação e o elogio são fundamentais para a cognição de ser eficiente e capaz, enquanto o oposto disto, a valorização do erro e do negativo, pode contribuir para a formação de crenças de incapacidade diante do mundo. A empatia, essencial para que o sujeito sinta-se aceito e compreendido, abrange a validação de sentimentos e necessidades e a orientação para a solução de problemas, e contribui para que a criança aprenda a identificar suas próprias emoções e necessidades. É importante que limites sejam estabelecidos o quanto antes, e ainda, que sejam coerentes e orientados pelos próprios princípios e comportamentos dos pais, além de constantes e previsíveis, a fim de serem internalizados. O presente  trabalho apresenta uma revisão bibliográfica e se propõe a relacionar as necessidades centrais da criança aos transtornos afetivos mais comuns na infância.


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