Bem vindas e bem vindo

O DEUS QUE ESTÁ EM MIM, SAÚDA O DEUS QUE ESTÁ EM VOCÊ

segunda-feira, 27 de junho de 2011


O encontro dos homens e mulheres através do Diálogo
Texto do educador Paulo Freire

Não é no silêncio que os homens e mulheres se fazem, mas na palavra, no
trabalho, na ação-reflexão.
Por isto o Diálogo é uma exigência existencial.
Não há Diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos
homens e mulheres.
Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação,
se não há amor que a infunda.
Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens e mulheres,
não me é possível o Diálogo.
Não há, por outro lado, o Diálogo, se não há humildade. A pronúncia do
mundo, com que os homens e mulheres o recriam permanentemente, não
pode ser um ato arrogante.
O Diálogo, como encontro dos homens e mulheres para a tarefa comum de
saber agir, rompe-se, se seus pólos (ou um deles) perdem a humildade.
Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no
outro, nunca em mim?

domingo, 19 de junho de 2011

Bênção irlandesa
Que o caminho seja brando
A teus pés,
O vento sopre leve
Em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido
Sobre tua face,
As chuvas caiam serenas
Em teus campos.
E até que eu
De novo te veja,
Que Deus te guarde
Na palma de sua mão
Fonte: F. Teixeira & V.BerkenbrockSede de Deus. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 22
 FONTE: Blog DIÁLOGOS de Faustino Teixeira

quinta-feira, 9 de junho de 2011

HOMENAGEM AOS 25 ANOS DO CURSO DE VERÃO


Encontro de Monitores para Avaliação do Curso de 2008

Ode ao Mutirão de Formação
Realidades e desafios,
Na formação popular ecumênica,
Verdade viva e fundante
Do espírito que alimenta
No encontro o aconchego
Nas relações a acolhida
Na sociedade fermento e massa
Grande causa da justiça
OIKOUMENE, A terra habitada
As religiões no amor e na paz
Construindo o caminho santo
De um Deus que nos apraz
É nos dias de verão
Que tal mistério nos envolve
Processos vivenciais
De uma gente que descobre
O coração que pulsa e transborda
Por desejo e compaixão
Estamos presentes no mundo
Há 25 anos no Curso de Verão

João Mario Sales da Silva, Monitor voluntário desde 2007


Tenda Joílson de Jesus - Arte com Crianças 2008


ORAÇÃO INTERRELIGIOSA

Um novo dia está diante de nós   (Walter Rauschenbusch)

Mais uma vez um novo dia está diante de nós, nosso Pai.
Ao sairmos para o nosso trabalho,
E ao tocarmos com as nossas mãos
As mãos e a vida de nossos companheiros,
Faze de nós, pedimos-te,
Amigos de todo mundo.
Salva-nos de entristecer um coração
Com uma palavra de raiva
Ou com um ódio secreto.
Que não arranhemos o amor-próprio de ninguém
Como nosso desprezo ou malícia.
Ajuda-nos a alegrar, com nosso afeto,
Aqueles que estão sofrendo;
E a animar os que estão abatidos, com a nossa esperança,
E a fortalecer em todos
O sentido do valor e da alegria da vida.
Salva-nos de veneno mortal da arrogância de classse.
Permite que possamos olhar todas as pessoas face a face,
Com os olhos de um irmão.
Se alguém necessitar de nós,
Permite que o ajudemos sem relutância, se for possível.
E que possamos nos alegrar
Porque temos em nós este dom
De servir os nossos companheiros
 Fonte: F. Teixeira & V.BerkenbrockSede de Deus. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 239
 
Fonte: Blog Diálogos do Faustino Texeireira

domingo, 5 de junho de 2011

EXEMPLOS DAS TRIBOS “SELVAGENS”A SEREM APRENDIDOS PELOS POVOS “CIVILIZADOS”...Medite !!

 UBUNTU

          A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria   catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou  ser inofensiva.

           Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair  correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam   lá dentro.

         As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção a árvore com o cesto.  Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

         O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

        Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

        Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa:
"Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...UBUNTU PRA VOCÊ também.!
 

FONTE: CEBs Sul 1
Sandrinha
Visite a página das CEBs na Internet: http://www.cebs-sul1.com.br/

quinta-feira, 2 de junho de 2011


Nota sobre o assassinato de trabalhadores rurais e lideranças ambientalistas na Região Amazônica

Plataforma Dhesca Brasil
Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais


 
Brasília, 1º de junho de 2011
Ao Senhor Ministro José Eduardo Cardozo
Ministro da Justiça
Ao Senhor Ministro Afonso Florence
Ministro do Desenvolvimento Agrário
À Senhora Ministra Maria do Rosário Nunes
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
À Senhora Ministra Izabella Teixeira
Ministra do Meio Ambiente
c/c Senhora Deputada Manuela D’Ávila
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
c/c Senhor Senador Paulo Paim
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado
c/c Senhor. Gercino José da Silva Filho
Ouvidor Agrário Nacional
c/c Senhor. Celso Lisboa de Lacerda
Presidente do INCRA
c/c Senhor Curt Trennepohl
Presidente do IBAMA
c/c Dra. Gilda Carvalho
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
c/c Senhores André Casagrande Raupp e Tiago Modesto Rabello
Ministério Público Federal – Marabá/PA
c/c Senhor Reginaldo Pereira da Trindade
Procurador-Chefe do Ministério Público Federal de Rondônia
c/c Senhor Antônio Eduardo Barleta de Almeida
Procurador Geral de Justiça do Estado do Pará
c/c Senhor Héverton Alves de Aguiar
Procurador Geral de Justiça do Estado de Rondônia

Ref: Nota sobre o assassinato de trabalhadores rurais e lideranças ambientalistas na Região Amazônica.
A Relatoria do Direito à Terra, ao Território e à Alimentação da Plataforma Dhesca Brasil e as organizações e movimentos que abaixo subscrevem manifestam indignação e pesar ante a execução sumária dos trabalhadores rurais ADELINO RAMOS, HERENILTON PEREIRA DOS SANTOS, JOSÉ CLÁUDIO RIBEIRO DA SILVA e da trabalhadora rural MARIA DO ESPÍRITO SANTO SILVA.
As execuções sumárias e a grave situação geral de violações de direitos humanos na região Amazônica impõem o dever de atuação rápida e eficaz do Estado. Essa intervenção deve coibir novos assassinatos, investigar e punir os responsáveis pelos crimes e efetivar estruturantes políticas públicas de direitos humanos que busquem a realização de direitos humanos econômicos, sociais, culturais e ambientais.
JOSÉ CLÁUDIO RIBEIRO DA SILVA e a trabalhadora rural MARIA DO ESPÍRITO SANTO SILVA atuavam como defensores de direitos humanos e tinham como principal bandeira de luta a democratização do acesso à terra e a preservação dos recursos naturais localizados na reserva extrativista do Assentamento Praia Alta Piranheira (Pará). Impressiona, ainda, que HERENILTON PEREIRA DOS SANTOS, testemunha do homicídio de Maria e José, também foi assassinado na mesma região, poucos dias após o primeiro crime.
José e Maria já eram ameaçados há longo tempo, sendo essas denúncias feitas às autoridades competentes que, por sua vez, não atuaram eficazmente para garantir o direito à vida. Mesmo após o assassinato de José e Maria, o Estado não foi capaz de garantir a vida das pessoas da região e o assassinato de Herenilton é a prova da ineficácia da ação do Estado. Dada a intensa situação de vulnerabilidade dos defensores de direitos humanos da Amazônia e a impunidade recorrente na região, não se pode descartar de plano uma vinculação entre os homicídios, sendo imperativa a realização de uma investigação rápida, eficaz e desvinculada dos interesses econômicos.
Cabe ressaltar que o projeto agroextrativista Praia Alta Piranheira, ao qual José Cláudio e Maria do Espírito Santo faziam parte, é um dos três modelos dos chamados assentamentos sustentáveis de reforma agrária, adotados pelo INCRA na Amazônia. Um projeto que visa garantir o sustento das famílias, evitando a devastação da floresta e conseqüente extração ilegal de madeiras.
ADELINO RAMOS, sobrevivente do massacre de Corumbiara, foi assassinado em Vista Alegre do Abunã, na região da Ponta de Abunã, município de Porto Velho (Rondônia). Adelino era reconhecido defensor de direitos humanos e atuava pela criação de assentamento de trabalhadores rurais, bem como denunciava ações ilegais de devastação ambiental.
É preocupante o fato destas execuções contra trabalhadores rurais defensores de direitos humanos ocorrerem no mesmo período que a Câmara dos Deputados aprovou mudanças no Código Florestal, cujo texto enfraquece os mecanismos de preservação do meio ambiente, a luta pela conservação dos recursos naturais e pela democratização do acesso à terra.
Episódios graves e em seqüência, como os constatados, merecem uma continua apuração e presença da Polícia Federal na região, a fim de assegurar maior rigidez na investigação, além de garantir a segurança dos moradores e comunidades. É notório que as estruturas do Estado são precárias nestas regiões, onde ocorrem violações a direitos relacionados à terra, ao território e ao meio ambiente. A possibilidade de federalização destes casos é uma alternativa a ser apreciada, na perspectiva de conceber um julgamento isento de possíveis pressões locais e que concretize a justiça em uma região marcada pela impunidade
Diante destes assassinatos de trabalhadores rurais e lideranças ambientalistas na Região Norte do país, e sob o receio de que estas ações se tornem mais freqüentes, a Relatoria de Direito à Terra, ao Território e à Alimentação e as organizações e movimentos de direitos humanos, vêm por meio desta nota, solicitar a rigorosa apuração destes fatos, com medidas concretas por parte das autoridades competentes garantindo a proteção das pessoas ainda sob ameaça.
Por fim, ressaltamos a compreensão de que as violações de direitos humanos só cessarão quando assegurada a democratização do acesso à terra e garantia de acesso aos recursos naturais pelo povo da região.

SÉRGIO SAUER
Relator do Direito à Terra, ao Território e à Alimentação da Plataforma Dhesca Brasil
Fone: (61) 9982 6303 – sauer.sergio@gmail.com

GLADSTONE LEONEL DA SILVA JÚNIOR
Assessor da Relatoria do Direito à Terra, ao Território e à Alimentação da Plataforma Dhesca
Fone: (61) 8255 2835 - gleoneljr@gmail.com

ORGANIZAÇÕES E MOVIMENTOS QUE ADEREM À NOTA
ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais
AGB – Associação dos Geógrafos Brasileiros
AMAR – Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária/PR
Amigos da Terra Brasil
APROMAC – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte/PR
ASSESOAR – Associação de Estudos Orientação e Assistência Rural/PR
Associação Movimento Paulo Jackson - Ética, Justiça, Cidadania
Associação Multiplicadoras de Cidadania Flor de Lótus de Nova Friburgo
ASW – Ação Mundo Solidário
Centro da Mulher 8 de Março
Centro de Referência do Movimento da Cidadania pelas águas, montanhas e florestas Iterei Iguassu
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo
Centro Burnier Fé e Justiça
CEPEDES – Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul/BA
CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
Coletivo de Mulheres Ana Montenegro/AP
Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité/BA
Comissão Pró-Índio de São Paulo
Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre – Belém/PA
Curso de Especialização em Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial do Semiárido Brasileiro do Centro de Formação de Professores/UFRB
FASE/BA – Solidariedade e Educação
FASE Nacional – Solidariedade e Educação
FLEC – Frente de Lutas de Cáceres
Fórum Carajás/MA
Fórum de Mulheres de Imperatriz
Fórum de Mulheres Maranhenses
Gabinete do Vereador João Alfredo (Fortaleza/CE)
GEDMMA/UFMA – Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente
GPEA/UFMT – Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte
Grupo Raízes
GT Ambiente – Associação dos Geógrafos Brasileiros
GT de Agrária – Associação dos Geógrafos Brasileiros
IAMAS – Instituto Amazônia Sustentável
IJA – Instituto Justiça Ambiental
IMAIS – Instituto Mulher e Saúde/BA
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
Instituto Búzios
Instituto Caracol
Instituto Humanitas/PA
Instituto Terramar/CE
Justiça Global
MEB – Movimento de Educação de Base
Missionários Combonianos Brasil Nordeste
MMC – Movimento das Mulheres Camponesas
MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
Observatório da Mulher
Observatório de Favelas
Rede Alerta contra o Deserto Verde/RJ
Rede Brasileira de Justiça Ambiental
Rede FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos
Rede Justiça nos Trilhos
Relatoria do Direito à Cidade da Plataforma Dhesca Brasil
Relatoria do Direito à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Dhesca Brasil
Relatoria do Direito ao Meio Ambiente da Plataforma Dhesca Brasil
REMTEA – Rede Mato-grossense de Educação Ambiental
RENANOSOMA – Rede de pesquisas em nanotecnologia, sociedade e meio ambiente
SMDH – Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
Sociedade Fé e Vida
Terra de Direitos
Terrae – Organização da Sociedade Civil
TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental/PR
UNIPOP – Instituto Universidade Popular

FONTE: Adital - 02/06/2011