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quarta-feira, 20 de julho de 2011

RELIGIÃO: Caminhos para Deus

             Nos dircursos sobre Deus, argumentados e defendidos encontramos sempre um sentido para as buscas da religião absoluta, convicta do seu sagrado. Ao vasculhar a história, a literatura e seu contexto e a tradição é possível encontrar situações esclarecedoras de curas milagrosas ritualísticas, soluções mágicas espiritualistas e até mesmo libertadoras de dor, sofrimentos e males. Encontrar na religião respostas para o  sofrimento é a busca fundamental dos seres humanos, fiéis crentes. A filosofia ao interpelar o cotidiano, nos coloca questões importantes que determinam pensamentos sobre a presença de Deus na história e sua ação salvífica no tempo e no espaço. Afinal, onde encontrar Deus? Onde está Deus? Como buscá-lo?
             Caminhos, ritos, espiritualidades, revelações, epifanias, respostas... Tudo é mistério (Comunicação indescritível)... Tudo é sagrado (presença acolhedora).... Na dinâmica  do  universo, espaço em construção, Deus é a energia que rege e ordena as leis. Sua  presença natural é consumada na natureza que cria, renova, reaproveita, mantém. Estar aberto à transcendência é vivênciar o que há de melhor nas tradições: 'experimentar a graça de Deus, que graça no mundo, nos cosmos'.
                Riobaldo de Tatarana, personagem de 'Grande Sertão Veredas' de Guimarães Rosa, descreve sua experiência com os 'sagrados':



O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é a salvação-da-alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo o rio... Uma só, para mim é pouca, talvez não me chegue. Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu Quelemém, doutrina dele, de Cardéque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles. Tudo me quieta, me suspende. Qualquer sombrinha me refresca. Mas é só muito provisório”.


               A religião não é só questão de fé, crença ou confissão, é também busca pessoal e comunitária de sentidos e expressões do sagrado que explique 'acontecências' simbólicas, ritualísticas, gestuais de sua presença transformadora no mundo, como po exemplo, o nascimento de uma criança,  presença mais que perfeita de seu amor de mãe com ternura e paixão.

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